terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Aprendendo a Nadar (parte II)

Bem, recapitulando o que apresentei no “Aprendendo a Nadar (Parte I)”, expus algumas idéias sobre o suave e harmonioso fluir da vida, e propus três exercícios:

1) Relaxar e se deixa conduzir (abrir mão do controle);
2) Perceber sua confiança (paz decorrente da confiança na vida);
3) Reconhecer o valor e a importância de alguns elementos de sua vida (reconhecimento e gratidão).

Aprender a nadar nas águas da Vida Verdadeira só é difícil por força de hábito. É de nossa natureza a união com a vida, sem resistências e tensionamentos, e é nesse aspecto que reside a saúde integral e a conseqüente paz e felicidade.

Houve um momento na vida de cada pessoa que a impressão de instabilidade e insegurança se tornaram fortes, gerando um intenso desejo de preservação do prazer, e medo do sofrimento (ausência do prazer). Essas ilusões foram se intensificando e pelo movimento de causas e feitos, compondo um complexo sistema de reação do ego aos estímulos da vida. A repetição construiu o hábito.

A vida é sustentada por uma Lei Divina, portanto uma Lei Ordenada, favorável à nossa paz e ao nosso contentamento. Para que você retorne àquela segurança original, se desvencilhando das mentiras e ilusões, o que proponho hoje é que observe em sua vida duas vidas: a vida “que é” e a vida “que deveria ser”.

Muito de nosso esforço resulta do desejo de controlar a vida, para produzir a “vida que deveria ser”. 

Pense em quantas vezes os fatos se aproximaram de suas expectativas, que o que desejou se realizou, por quanto tempo você se sentiu em paz e feliz, até se sentir incompleto novamente? Por quanto tempo segurança e estabilidade acompanharam o prazer da satisfação de um desejo?

Aposto que em suas reflexões você concluirá que nas muitas vezes que se moveu tentando realizar a “vida que deveria ser”, experimentou o prazer da satisfação dos desejos, mas que em todas, o prazer diminuiu e logo deu lugar á insatisfação e à necessidade de controle, não é mesmo?

A Vida é, não o que achamos que nos realiza, mas uma condução perfeita que efetivamente nos realiza. Precisamos tão somente aceitar a “vida que é” e confiar em sua condução. Não buscar em projeções a garantia de nossa segurança e de nossa estabilidade, mas viver exatamente agora, por meio da gratidão e da confiança

Proponho que hoje, em complemento aos exercícios de ontem você treine a cessação da luta (só hoje, vamos lá!): relaxa e permita que suas perspectivas se aprofundem. Não combata, não lute, apenas se entregue ao momento e atue suavemente, para viver o momento.

Se entregue ao momento, aceite o que se apresenta – o que está acontecendo – sem luta, sem combate, sem resistências. Apenas se entregue verdadeiramente ao momento e viva-o. Diga para você: ”agora viverei a vida que É e confiarei na vida, não necessito de garantias!”

Este é um movimento simples e ousado. Os resultados são incríveis.

Um grande abraço, do amigo Lucius Agustus, IN

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